Perguntas frequentes 
 
 
 
   
   
Quais foram os critérios da equipa SOL na escolha dos livros?
Antes de mais, foram de qualidade literária e estética, mas também de representatividade histórica e estilística, sem descurar a atenção ao texto e ao grafismo. Procurou-se que as obras escolhidas representassem os melhores autores e ilustradores, editados com cuidado, e cuja produção pode ser encontrada nas livrarias e/ou Bibliotecas Municipais. A actualização periódica seguirá estes dois caminhos: acompanhamento do movimento editorial, sem deixar de revisitar momentos essenciais do património.

Por que motivo um mesmo livro está colocado em secções relativas a diferentes leitores?
Uma das características dos textos literários é o facto de permitirem diferentes níveis de leitura, de acordo com a enciclopédia dos leitores, a sua experiência de leitura e os objectivos da mesma. Além disso, um mesmo livro pode ser contado em voz alta às crianças ou lido por elas de forma autónoma o que permite que possa ser fruído por grupos diferentes de leitores.

Por que razão cada livro foi inserido em mais do que um tema?
Uma preocupação da equipa SOL foi chamar a atenção para a pluralidade de leituras que caracteriza o texto literário. Assim, cada um dos livros para a infância seleccionados possibilita a abordagem de diferentes temas, enriquecendo significativamente o universo de referências dos leitores.

Porque não usaram idades em vez das categorias pré-leitores, leitores inciais, leitores medianos, leitores autónomos?
Atendendo ao facto de o desenvolvimento das competências leitoras ser diferente de criança para criança, e portanto a idade não ser indicador do nível de leitura, procurou-se, através das categorias indicadas, apresentar diferentes perfis de desenvolvimento da relação dos leitores com os livros, funcionando como indicação para os mediadores e incentivo para o progresso das crianças.

Ainda assim, que idades estão compreendidas no âmbito dos pré-leitores?
Todas as anteriores à entrada no ensino formal da leitura e da escrita (1º ano do 1º ciclo do Ensimo Básico) e os que, no 1º ano, ainda não acederam à leitura.

E nos leitores iniciais?
Como o nome indica, aquele que estão a começar, os que estão a dar, com maior ou menor dificuldade, os primeiros passos. Eventualmente até aos 8-9 anos.

E nos leitores medianos?
Não depende da idade. Podemos ter leitores medianos no 4º ano de escolaridade (9-10 anos) e no secundário.... aos 15 anos. Os estudos PISA mostraram que muitos dos jovens de 15 anos estão abaixo do nível de proficiência de um leitor mediano.

E os leitores autónomos?
Não depende da idade. Aos 15 anos, finda a escolaridade obrigatória, os jovens deveriam, em teoria, ser leitores autónomos, mas não é isso que acontece.

Como procurar os livros seleccionados pela equipa SOL?
Nas bibliotecas da rede nacional, nas livrarias e até nas grandes superfícies comerciais. Os dados fornecidos na ficha técnica dos livros ajudarão na pesquisa e encomenda dos mesmos.

Por que motivo foram incluídos na selecção livros estrangeiros não publicados em Portugal?
Infelizmente, existem muitos livros estrangeiros de qualidade, alguns premiados, que não se encontram traduzidos e publicados em Portugal. Ao inclui-los na sua selecção, a equipa SOL pretendeu sensibilizar as editoras e os leitores para essas obras, despertando a sua curiosidade e, quem sabe, motivando a sua publicação no futuro.

Onde poderão ser adquiridos os livros estrangeiros seleccionados?
Numa livraria virtual internacional é possível pesquisar através da indicação do título, do autor e do ISBN. Também é possível proceder à sua encomenda nas boas livrarias portuguesas.

Devo insistir com os meus filhos na leitura dos grandes clássicos da literatura mundial?
Não. A obrigação de ler pode transformar a actividade da leitura numa tarefa conotada com o dever e retira-lhe o prazer e a fruição a que deve estar associada. Neste sentido, e também por causa das leituras exigidas pela escola, é importante distinguir a leitura obrigatória (realizada principalmente em contexto escolar; de tendência instrumental, realizada em presença ou com apoio do professor), da leitura voluntária (realizada em contexto extra-escolar, não instrumental, individual e autónoma), entendida como um direito. E um dos seus direitos é não ler, outro será recusar clássicos e conselhos...

Os meus filhos detestam ler e só pensam em televisão e jogos. Devo obrigá-los a ler?
O verbo ler, como o verbo amar, não usa o imperativo. A leitura literária é um acto absolutamente voluntário. Se a leitura for entendida como obrigação, dever ou mesmo castigo dificilmente poderá promover e construir leitores. Em vez de obrigar os seus filhos a ler, experimente criar, comentusiasmo, momentos específicos destinados à partilha de leituras (leitura em voz alta; leitura partilhada; leitura comunitária; clubes de leitura, etc.). Ajudará se o adulto que constitui uma referência para a criança for também um leitor.

A escola dos meus filhos não os manda ler nada. Que posso fazer?
A formação de leitores depende, em partes iguais, de dois contextos decisivos: o familiar e o escolar. Assim, tal como acontece na família, é importante que a escola também funcione como motivação para a leitura, associando-a a práticas ligadas ao prazer e ao divertimento. Se o professor do seu filho não promove a leitura, dê-lhe a conhecer projectos e actividades sobre animação da leitura realizados em bibliotecas e/ou livrarias.

A partir de quando devo começar a ler histórias aos meus filhos?
Desde muito pequenas, mesmo antes de aprenderem a falar, as crianças já gostam de jogos de palminhas, de canções com gestos, de rimas e de pequenas histórias. É a componente oral, rítmica e melódica dos textos que primeiro as atrai e é importante que esta ligação precoce seja estimulada desde muito cedo. Assim, quando a criança já tem alguma mobilidade motora, por volta dos 9 meses, a leitura deve ocupar um espaço quotidiano na sua vida.

Como posso incentivar os meus filhos a gostarem de livros e de ler?
O melhor incentivo é dar exemplos de leitura, ou seja, ser um leitor. As crianças imitam os adultos e os seus exemplos. Se, no contexto familiar, a criança conviver com adultos leitores e tiver, desde cedo, acesso a livros e ouvir contar histórias pode, mais facilmente, descobrir prazer na leitura e transformar-se, a pouco e pouco, num leitor.

Qual o momento do dia mais indicado para ler um livro ao meu filho?
Mais importante do que definir um momento concreto, é associar a leitura ao prazer e fazer dela um hábito. Em geral, os adultos e as crianças escolhem o momento que antecede a hora de dormir por questões que têm a ver com a disponibilidade e também com a calma e tranquilidade exigidas à situação. Mas é possível encontrar outros momentos.

As indicações sobre a faixa etária a que o livro se destina que aparecem em algumas edições devem ser seguidas com rigor?
Não. As informações fornecidas pelas editoras são meramente indicativas e, muitas vezes, são feitas sem se ter em conta que o desenvolvimento da competência leitora da criança varia de forma significativa.

O meu filho tem uma boa biblioteca, mas pede-me com muita frequência para ler o mesmo livro. Porquê?
Essa situação é muito frequente, pelo menos, até determinada idade. Quando a criança se deixa fascinar particularmente por uma história, ela tenta interiorizá-la, memorizando a sua sequência, o que a leva a solicitar a sua leitura frequente. Este exercício é benéfico para o seu desenvolvimento cognitivo.

O meu filho tem nove anos e lê com fluência. Devo continuar a ler-lhe histórias ao deitar?
É fundamental que o faça. O facto do seu filho ler com fluência ainda não faz dele um leitor, nem garante que tenha adquirido hábitos de leitura estáveis. Tente motivá-lo para a leitura partilhada e estimule, simultaneamente, a leitura autónoma de histórias.

Quando estou a contar ou a ler uma história devo interromper para explicar as imagens que a acompanham ou para fazer perguntas às crianças que a ouvem?
Se for questionado pela criança, pode interromper a leitura, mas o mais comum é que a criança, mesmo que tenha dúvidas, prefira ouvir a história até ao final, uma vez que lhe agrada de forma particular a melodia e o ritmo associados à narração oral. No final da leitura, pode, então, explicar as dúvidas surgidas ou colocar algumas questões e, se for solicitado, repetir a leitura dos momentos preferidos.

Como explorar as ilustrações de um livro com as crianças?
As ilustrações são uma parte muito importante do livro infantil e, tal como o texto, deverão ser exploradas e alvo de uma atenção particular. Será interessante pedir à criança que identifique os elementos representados e, sobretudo, que os interprete, dizendo como se sentem as personagens, em que é que estão a pensar, o que fizeram antes, o que planeiam fazer a seguir… Além disso, poder-se-ão explorar aspectos relativos à técnica ilustrativa utilizada, interpretando o significado das cores, detectando movimentos e atribuindo um sentido às imagens e à relação estabelecida com o texto.

Devo ler aos meus filhos os mesmos livros de que eu gostava quando tinha a idade deles?
Não necessariamente, apesar de haver livros para a infância verdadeiramente intemporais, como o Capuchinho Vermelho, a Cinderela, etc., que, por isso, são lidas e apreciadas por gerações e gerações de crianças. Será interessante, por exemplo, criar momentos de diálogo entre pais e filhos onde ambos exprimam os seus gostos e preferências no que diz respeito à leitura e que não têm de ser obrigatoriamente comuns. Contudo, tenha em consideração o seguinte: procure edições actualizadas, dando atenção à qualidade da ilustração e das traduções.

Que critérios seguir na escolha de um livro para uma criança?
Há um conjunto muito alargado de factores a ter em conta, desde as características psicológicas e sociais do leitor, os seus gostos, o seu nível de leitura e de compreensão leitora, as variantes do contexto em que se estabelece a relação entre o livro e o leitor (leitura individual ou leitura partilhada em grupo). Igualmente determinantes são as características do livro em si: o formato, o grafismo, as ilustrações, assim como o tema desenvolvido e a linguagem.

As ilustrações que acompanham a história impedem a imaginação da criança de funcionar e de se desenvolver?
Pelo contrário. As boas ilustrações não se limitam a repetir o que o texto já diz, mas acrescentam-lhe sentidos, sugerem outras interpretações e multiplicam as hipóteses de leitura. Na escolha de um livro é muito importante observar a forma como o texto e a imagem se relacionam na criação de um único objecto.

Existem livros para meninas e outros para meninos?
Não necessariamente. Contudo, é verdade que determinados temas e até determinadas ilustrações são mais do agrado do público masculino e outros do feminino. A selecção, por parte da criança, de livros e temas preferidos também faz parte da construção do seu gosto literário e revela capacidade de expressar gostos e preferências estéticos.

Há temas (como a morte, a guerra ou a sexualidade) que não devem ser tratados nos livros para crianças?
Temas considerados tabu têm conhecido na literatura para a infância um tratamento cada vez maior, respondendo às necessidades actuais e às perguntas que os leitores vão colocando. No caso dos bons livros, podemos dizer que a abordagem realizada levanta os problemas de modo dinâmico, ajudando a perceber a complexidade dos temas e evitando a banalização.

As crianças que ouvem histórias e têm livros aprendem melhor e mais depressa a ler?
Não cremos que possa ser estabelecida uma relação directa e conclusiva nesse sentido, mas é verdade que as crianças que têm experiência positivas associadas aos livros e à leitura têm uma motivação adicional para a sua aprendizagem porque interiorizaram a utilidade da actividade proposta.

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