Leitores medianos 
 
 
 
 
   
   
   
       
 
 

 

J. J. Letria detém-se, uma vez mais, nas qualidades escondidas ou facilmente visíveis da poesia, construindo, em estrofes de extensão muito variável, quase todas iniciadas pela expressão «A poesia…», um discurso profundamente metafórico. É desde logo no próprio título que se introduz uma das ideias fulcrais: a poesia é, acima de tudo – e como cada uma das casas que habitamos –, um espaço de intimidade, de informalidade e até de protecção. Além disso, e sempre através de um processo de elaboração semântica alicerçada na metáfora e na personificação, associa-se a poesia a todas as idades, mas muito particularmente à infância, ao tempo sem pressas que se vive nessa idade e ao jogo livre e risonho que tal arte, comparável à «das bordadeiras e dos ourives / quando querem / que aconteça beleza», acaba inevitavelmente por motivar. Também se revela, neste livro de José Jorge Letria, o mais intenso desejo ou objectivo da poesia – «ficar no coração / de quem a quiser lembrar» –, sublinhando-se, igualmente, o seu carácter livre e aberto às incertezas. Da mensagem expressa pela poesia deste livro transparecem, ainda, boa disposição, optimismo, alegria, muitos pedaços dessa «alegria circular» de que fala o poeta quase no final do livro e que está sempre “ao dispor de mais um”. |Sara Reis da Silva


Título A casa da poesia | Autor(es) José Jorge Letria, Rui Castro (Ilustrador) | Tipo de documento Livro | Editora Terramar | Local Lisboa | Data de edição 2003 | Área Temática Infância, Jogo, Linguagem, Sonho | ISBN 972-710-356-1 |
   
 
 
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