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Delicadeza, sonho, profundo conhecimento desse universo claro-escuro que é a adolescência, respeito pela Mãe-Natureza, solidariedade e amor: tudo isto é possível ler e sentir neste texto. Conto distinguido com o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens em 2001, este livro traduz um dos percursos temáticos mais trilhados por Álvaro Magalhães, conduzindo o leitor através da narrativa de fundo autobiográfico de um «rapaz franzino que escreve versos e histórias» e que possui uma pequena erva no coração. Num discurso que revela uma sólida capacidade de captação do jovem destinatário, recria-se uma viagem em que se debatem e desvendam alguns dos mistérios do crescimento do eu em face de si mesmo e do Outro, uma viagem na qual o leitor se vê confrontado com as angústias do rapaz-hipopóptimo, desde uma manhã marcada pelo aparecimento de uma borbulha, passando pela inquietude do amor - «Se eu pudesse desamar…» -, por uma inesperada transformação e por um voo libertador em direcção às nuvens em busca da harmonia perdida, até ao momento do reencontro com o amor. Esta narrativa apresenta um final positivo, no qual prevalecem o sonho e o amor, deixando a ecoar a felicidade, nascida, afinal, da união de dois seres diferentes entre iguais. Pauta-se este texto por uma forte componente maravilhosa e simbólica, salientando-se, neste âmbito, elementos como as asas, o rio, a cor azul ou do próprio hipopótamo, figura recorrente na produção literária de Álvaro Magalhães que remete, em última instância, para a delicadeza, a leveza e a beleza do espírito, independentemente da desmesura e/ou deselegância física. | Sara Reis da Silva
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| Título Hipopóptimos - Uma História de Amor | Autor(es) Álvaro Magalhães, Danuta Wojciechowska (Ilustrador) | Tipo de documento Livro | Editora Edições Asa | Local Porto | Data de edição 2001 | Área Temática Afectos, Sonho, Viagem, Aventuras, Tempo | ISBN 972-41-2641-2 | Colecção Biblioteca Álvaro Magalhães | |
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