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Este livro coloca em primeiro plano a figura humanizada de um espantalho em narrativa que abre coma recriação temporal de um passado longínquo e indeterminado: «Há muitos anos atrás, havia neste campo um milheiral. Era lindo de ver, com as espigas loiras a ondularem ao vento, cabelos de oiro numa cabeça de terra e prosperidade.» O cenário é descrito recorrendo a um registo visualista e metafórico, sempre no sentido de uma reconstrução positiva do espaço que será inesperadamente quebrado pela actuação de um «grupo de homens anónimos». Estes, representando a força que rompe a harmonia do microcosmos natural pelo qual vela dedicadamente o espantalho, trazem um «nunca mais acabar de máquinas e ferramentas» para construir um «edifício enorme, obeso e cinzento como um elefante de pedra». E é deste modo que assistimos a uma dura viragem na história, um momento actancial feito da fraqueza e da morte das espigas de milho em oposição à força/esperança e à (nova)vida do espantalho. No final, parece confirmar-se, a par do tópico naturalista / ecológico aqui patente, uma outra linha temática, a da esperança, da coragem e da persistência: «Mas o espantalho não saía do seu posto, acreditando que a beleza dos grãos de milho regressaria, tal como o Sol se esconde nas nuvens de Inverno para voltar em brilho nos dias da cor do Verão.» | Sara Reis da Silva


Título E o espantalho acreditou | Autor(es) Alexandre Honrado, Patrícia Garrido (Ilustrador) | Tipo de documento Livro | Editora Livros Horizonte | Local Lisboa | Data de edição 1987 | Área Temática Maravilhoso, Natureza, Sonho |
   
 
 
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