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Colectânea de poesia para a infância, A cor que se tem reúne textos que recriam diferentes temas e motivos próximos da realidade das crianças a que se destinam. Desde a questão da diferença, nomeadamente a que leva a comportamentos racistas e xenófobos (em poemas como «A cor que se tem» e «Mariana, a menina cigana»), à contemplação lírica da Natureza e dos elementos que a integram, nomeadamente as flores, passando pela dimensão onírica ou mesmo pela recriação da morte (veja-se o poema «A morte da avó»), os textos revelam o olhar simples e atento, muitas vezes próximo do infantil, perante o mundo e as coisas que o integram. Questionadores e críticos, os poemas não deixam de se deixar tocar por uma certa tonalidade humorística que também por eles perpassa, a par de uma musicalidade sugerida pelos versos de medida curta, a rima assídua, os paralelismos e as repetições, heranças da lírica de sabor tradicional. As ilustrações, muito coloridas, recriam cenários, personagens e sugestões temáticas dos poemas, pontuando a sua leitura e cativando pela presença de pormenores. | Ana Margarida Ramos


Título A Cor que se tem | Autor(es) Maria Cândida Mendonça, Francisco Tellechea (Ilustrador), Francisco Tellechea (Ilustrador) | Tipo de documento Livro | Editora Plátano Editora | Local Lisboa | Data de edição 1986 | Área Temática Diferença, Natureza, Poesia, Animais |
   
 
 
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