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COMENTÁRIO
 

Vinte páginas são suficientes para nos levarem ao momento em que o jovem pastor se distraía até ver a pintura religiosa que lhe apresentará Cimabue, doravante mestre e guia nos segredos práticos da arte, oferecendo-lhe na primeira lição uns pós coloridos com que o pastor fará surgir na rocha uma ovelha tão próxima da realidade que um cordeiro perdido vê nela a mãe. O episódio desperta uma vocação e Giotto acaba como o melhor dos discípulos do velho mestre, animando paredes e ouvindo elogios: «Vejam! As suas imagens parecem vivas!». O texto de Paolo Guarnieri é um simples e elegante fio condutor, mas a vida que possui vem-lhe das raízes mergulhadas nas ilustrações de Bimba Landmann. É cirúrgico o ritmo com que surgem estas iluminações, feitas em estilo que sugere à vez ícone e iluminura e fresco, com uma cuidadosa escolha das cores (magnífico dourado!), com uma gramática (de motivos, de animais, de perspectivas) que nos diz da época, que acrescenta informação ao desenrolar da história (como na página em bd que conta a partida e os primeiros tempo do aprendiz, ou nas reproduções das principais obras do protagonista). Surgem com naturalidade as explicações sobre a alquimia das cores e a técnicas dos frescos, como claro fica o contributo maior de Giotto: a busca do real (usando ilusões…). Fica ainda dito que foi Giotto o primeiro autor: é dele um dos primeiros nomes que, como os frescos, «nem mesmo o tempo poderá apagar». J.P.C.
   
 
   
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