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COMENTÁRIO
 

Se, logo antes da partida, parece o leitor não resistir ao cómico de situação, para o qual contribuem, de modo determinante, as intervenções da Mãe Natal ou os seus comentários ao Pai Natal, também nos parece impossível não sorrir no momento em que o Pai Natal é impedido de entrar no estábulo pelos seguranças dos Reis Magos que haviam chegado antes. Aliás, o (sor)riso, aqui suscitado de modo recorrente, resulta, quanto a nós, de um processo de humanização, ou melhor, de uma espécie de enraizamento no real, não só da figura lendária do rei das prendas, reiteradamente apelidado pela Mãe Natal de distraído, mas também da própria Nossa Senhora que, perante a valorização por parte do Menino do presente oferecido pelo Pai Natal e pela consequente indiferença face ao ouro, incenso e mirra trazidos pelos Reis Magos, desculpa-o. Apelativo é também o facto de, de quando em vez, o texto surgir pontuado de elementos (próximos) referenciais / históricos que se enlaçam na teia ficcional aqui construída por Manuel António Pina. É o que se verifica, por exemplo, no desfecho da narrativa. | Sara Reis da Silva
   
 
   
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