COMENTÁRIO
A preferência do autor por uma escrita desafiadora, muitas vezes de pendor filosófico, assente em temas e motivos pouco habituais no universo da literatura para crianças pode causar problemas na determinação etária unívoca dos seus leitores preferenciais. No caso de O Brincador, estamos perante, parece-nos, um livro que abre consideravelmente o horizonte de recepção do autor em resultado, também, do formato da publicação, do seu original e elaborado design gráfico e das singulares ilustrações de José de Guimarães. Álbum poético por excelência, na mais recente edição de Álvaro Magalhães ouve-se uma das vozes mais originais da literatura infantil portuguesa contemporânea. | Ana Margarida Ramos |