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COMENTÁRIO
 

Este texto, em que o sonho, tratado com um profundo humanismo, surge como indiscutível leitmotiv, vive de uma suave mitificação da Natureza, baseada essencialmente na colocação de um príncipe-pastor e das suas princesas-ovelhas num «Reino verde», emoldurado pela liberdade, pelas colorações e pelos sons, até mesmo, pelo silêncio (pois só no campo este realmente se consegue sentir…) da “grande Mãe”. Ao introduzir a narração pela afirmação da sua veracidade, partindo de uma posição muito semelhante à dos “tradicionais” contadores de histórias, o narrador aproxima-se afectivamente do narratário e começa por apresentar um pastor muito especial que, amorosamente, cuida do seu reduzido rebanho. Príncipe deste reino de ovelhas maravilhosas, que, a qualquer momento, veriam o seu encanto quebrado, senhor absoluto deste microcosmos original e puro, habitado de urzes, giestas e cardos, este herói solitário, um menino de «coroazinha» na cabeça, deixa-se embalar, então, pela magia dos momentos partilhados com o vento, com os pássaros e com as flores, jogando esse admirável “jogo do faz-de-conta” que alimenta vidas sem conta. A história termina com uma nota que sugere uma crítica não só ao mundo citadino, mas também a certos comportamentos de rejeição face àqueles que livremente se deixam dominar pela imaginação. | Sara Reis da Silva
   
 
   
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