Bibliografia 
 
 
 
   

Partindo da constatação que a literatura infantil nasceu com a oralidade, viajando com ela e sendo, antes de tudo, literatura popular, a presente comunicação pretende apresentar uma leitura do conto História da Égua Branca, de Eugénio de Andrade, à luz das temáticas, da estruturação discursiva, dos topoi e dos símbolos recorrentes nos textos de origem tradicional. Neste sentido, é nosso propósito proceder a uma caracterização das relações entre as personagens, provando que o elemento do mundo natural, a égua, sendo o leitmotiv de toda a diegese, contrasta de forma evidente com o universo masculino, identificado com o mundo dos humanos. Não descuraremos, na nossa abordagem, aspectos atinentes à representação, dita “habitual”, do espaço e do tempo, nem ao carácter simples e linear da acção que, neste caso, muito ao jeito das narrativas cujo destinatário extratextual é a criança, se desenvolve em torno de um núcleo problemático singular: «Como é que hei-de dividir a égua pelos rapazes?». A este nível, salientar-se-á, ainda, a conclusão feliz do conflito e o seu teor moralizante. Serão, também, afloradas as estratégias e os recursos técnico-expressivos, bem como a simbologia de certos elementos, como a cor branca ou o número três, que parecem recuperados das narrativas populares. A “reabilitação” de certos eixos temáticos e de alguns motivos evidentes nos contos tradicionais – pensemos, por exemplo, no motivo da rivalidade entre irmãos – será, igualmente, objecto de análise na nossa proposta de leitura.


Título História da Égua Branca, de Eugénio de Andrade,
do conto tradicional ao conto infantil | Autor(es) Sara Reis da Silva | Tipo de documento Texto | Editora Casa da Leitura | Local Lisboa | Data de edição 2007 |
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