Leitores autónomos 
 
 
 
 
   
   
   
       
 
COMENTÁRIO
 

Nesta obra, em que, à velha maneira vicentina, «a rir talvez se pretenda corrigir os costumes», animais e homens vivem ao contrário, ou melhor, parecem ter trocado de papéis, na medida em que são os animais que mandam e que domesticam os homens. A história é breve, mas surpreendente: dois homens, cansados da vida de prisioneiros entre os animais, roubam a chave da Liberdade, são apanhados e acabam por ser julgados num tribunal presidido pelo juiz Elefante, coadjuvado pelo papagaio, simultaneamente advogado de acusação e de defesa. O desfecho ou a sentença é inesperada. Evidenciando um discurso humorístico para o qual concorrem, entre outros, o nonsense, o absurdo, as repetições, os segmentos cantados, os jogos de palavras, a ressemantização de expressões idiomáticas como «macacos de imitaçãoou «entregues à bicharada», que, no contexto desta obra, devem ser interpretadas literalmente, a ironia e a sátira de cariz social, esta comédia testemunha, no essencial, o percurso ficcional que, na linha anglo-saxónica e surrealista, tem singularizado a obra de Manuel António Pina. | Sara Reis da Silva
   
 
   
Pesquisa Global

Leia antes de usar
Quem somos
Perguntas Freq.
Glossário
Mapa do sítio
Links
 
2007 © Fundação Calouste Gulbenkian : contacto    |    Engineered by Magnete    |    Design Santa Comunicação