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A sobriedade é uma das singularidades deste volume. Construído com apenas um poema, cujos versos vão ocorrendo paulatinamente ao longo das suas páginas, este livro é uma espécie de hino ao mar em que cabe também, porém, a referência àquilo que de menos “solar” este guarda. O eufórico e o disfórico coexistem neste texto, reflectindo-se quer na própria estrutura externa (duas oitavas), quer no campo semântico / lexical que domina cada uma delas. Se, na primeira estrofe, o mar é o espaço do barcos, dos peixes, dos golfinhos ou dos jardins “de coral”, por exemplo, na segunda, é o espaço do esgotos, do lixo e até dos “cemitérios nucleares”, por exemplo. O dístico final lança interpela o receptor, procurando talvez despertá-lo (responsabilizá-lo?) para a referida ambivalência. As ilustrações, simultaneamente leves e muito detalhadas, seguem, de modo fiel, a temática central do poema, estendem-se por páginas duplas e parecem orientar a disposição do próprio texto verbal. A oscilação entre a limpidez dos tons azuis e verdes e a opacidade dos cinzas e castanhos deixa transparecer a duplicidade ideológica que encerra a mensagem do discurso poético. | Sara Reis da Silva


Título O Mar | Autor(es) Luísa Ducla Soares, Pedro Sousa Pereira (Ilustrador) | Tipo de documento Livro | Editora Gatafunho | Local Lisboa | Data de edição 2008 | Área Temática Mar, Ecologia, Protecção ambiental, Crítica Social | ISBN 978-972-8920-56-2 |
   
 
 
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