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Em Todas as crianças da Terra (1978), de Sidónio Muralha, encontramos uma tentativa de definição da Paz através de inúmeras metáforas. O livro, que resulta muito conotado temporal e ideologicamente, como até é visível nas opções cromáticas e no tipo de ilustração seleccionado, estabelece claramente, desde a primeira página, um conjunto de oposições entre a guerra e a paz, associando a primeira ao «capacete de guerra [com] ar carrancudo» por oposição à beleza da flor, conotada com a paz. O capacete, contudo, pode ser reutilizado ao serviço da paz, servindo de vaso à flor, o que remete para a desconstrução dos símbolos bélicos, tal como acontece com o canhão que se personifica e humaniza, colocando-se ao serviço da liberdade: «A paz é quando um canhão, muito feio e de poucas falas, sente bater um coração e dispara cravos em vez de balas». | Ana Margarida Ramos
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Título Todas as crianças da Terra | Autor(es) Sidónio Muralha, Fernando Lemos (Ilustrador) | Editora Livros Horizonte | Local Lisboa | Data de edição 1978 | Data da edição original 1978 | Área Temática Guerra/Paz, Liberdade, Multiculturalismo | ISBN sem ISBN | |
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