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Narrativa sobre as aventuras fantásticas de um rapaz que vive obcecado com a matemática e com todos os problemas, em sentido literal e metafórico, que ela lhe traz, Maldita Matemática recupera algumas das temáticas caras ao autor, nomeadamente a valorização de uma dimensão onírica, decisiva para o equilíbrio da identidade humana. Construído com base numa oposição entre a matemática e a poesia, na qual a primeira simboliza a objectividade, a realidade, os factos concretos e palpáveis e a segunda está associada à imaginação, ao sonho,
às aventuras e à criatividade, o texto propõe vários pontos de contacto entre ambos os universos, ao mesmo tempo que recria dilemas existenciais próprios do crescimento. Com um discurso acessível e simultaneamente questionador, o livro propõe uma visão alternativa da realidade, cruzando com a fantasia. A história dentro da história, na proposta desafiadora de narrativa de aventuras para o problema insolúvel do teste de matemática, é ilustrativa da imaginação e da criatividade da personagem, nem sempre valorizadas oficialmente pela escola ou pela sociedade. O final aberto funciona como uma espécie de interpelação ao leitor, propondo-lhe, também a ele, uma viagem para lá dos limites da intriga. As ilustrações, muito simples e eficazes, pontuam o texto, marcando os momentos cruciais da diegese e dando vida e expressividade às personagens. | Ana Margarida Ramos
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Título Maldita Matemática | Autor(es) Álvaro Magalhães, Bayard Christ (Ilustrador) | Tipo de documento Livro | Editora Edições Asa | Local Porto | Data de edição 2000 | Área Temática Escola, Ciência, Maravilhoso, Matemática | ISBN 972-41-2377-4 | Colecção Biblioteca Álvaro Magalhães | |
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