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Estes contos evidenciam um fundo temático comum, que surge anunciado no título. São nove textos narrativos, de índole caricatural e, até satírica, que exige, logo a partir do momento em que se salta a capa do livro e se chega à primeira página, o envolvimento do pequeno leitor, pois é-lhe sugerido por um pequeno diabo que cole a sua fotografia do dia em que foi à bola. Em pequenos quadros narrativos, construídos a partir de um discurso muito acessível, repleto de vocábulos resgatados à gíria futebolística e com uma forte tonalidade cómica (por vezes, a tocar o anedótico), as surpresas sucedem-se: um árbitro que engole um apito; um cão chamado Pelé que marca um golo; um torneio organizado por Anjos e Diabos; um pombo, solidário com o dono, que demonstra a sua razão; ou, ainda, um célebre almoço entre uma Águia, um Leão e um Dragão, indignados com a forma abusiva como eram usados nos emblemas de três clubes. Ao inusitado das situações recriadas junta-se não só uma transformação original de algumas fórmulas discursivas idiomáticas (como é o caso do próprio título da colectânea Histórias de ir à bola, pela proximidade com «não ir/ir à bola com alguém/algo»), mas também o uso simples de expressões como «Meia bola e força», que, neste caso, representa o título de um dos contos. Interessante o facto de quase todas estas histórias possuirem um fundo simultaneamente crítico e moralizante. | Sara Reis da Silva
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Título Histórias de ir à bola | Autor(es) José Jorge Letria, Joana Quental (Ilustrador) | Tipo de documento Livro | Editora Ambar | Local Porto | Data de edição 2000 | Área Temática Humor, Desporto, Tolerância | ISBN 972-43-0376-4 | |
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